Se quiser, conversar sobre futebol, na cidade de Porto Alegre, certamente ninguem vai tocar nesse assunto, se na 4ª feira, o Inter precisa vencer de 2 gols de diferença para conquistar o título, só empatou o Corinthians por 2 à 2, na Copa do Brasil, e ficou com vice-campeonato, o Grêmio fez a mesma coisa ontem. O Tricolor dos Pampas, também precisava vencer por 2 gols de diferença, para ir a final da Libertadores, mas só empatou por 2 à 2 com o Cruzeiro, e está fora da final da competição.
O começo de jogo foi animador para o Grêmio, que partiu para cima com tudo e criou uma chance após a outra. O time da casa até conseguiu colocar uma bola para dentro do gol, mas o lance já estava parado. Tudo mudou com a primeira conclusão errada do ataque gremista, que fez a torcida desconfiar que a noite não seria das mais felizes. Aos 4 minutos, Maxi López chegou a ficar livre na cara do gol, mas a arbitragem marcou toque de mão. Melhor para o argentino, que chutou no pé do goleiro Fábio e perdeu gol feito. Os erros de conclusão, grande drama do Tricolor na Libertadores, foram se repetindo. Um pouco depois do erro de Maxi López, Herrera subiu sem marcação no meio da área, mas cabeceou torto e mandou longe do gol. Quando os atacantes do Grêmio não erraram, a defesa do Cruzeiro mostrou serviço. Aos 24 minutos, após bate-rebate na área, a bola sobrou para Herrera, que bateu firme. A defesa conseguiu desviar para escanteio. Repetindo o que havia acontecido no Mineirão, o Cruzeiro respondeu com gols. O primeiro deles, aos 34 minutos. Kléber recebeu pela direita do ataque e invadiu a área. O passe açucarado pegou Wellington Paulista totalmente livre na área, e ele só empurrou para as redes. O segundo gol saiu dois minutos depois do primeiro e acabou com qualquer chance de reação dos gaúchos. Após cruzamento da direita, a defesa parou pedindo impedimento e deixou Wellington Paulista livre. Ele mergulhou e marcou de cabeça. O Grêmio manteve a pressão no começo da segunda etapa, mas não começou bem. Num dos primeiros lances, Herrera recebeu lançamento na área, matou no peito e bateu cruzado. Fábio mandou para fora com a ponta dos dedos. Após tantos erros, finalmente um acerto do Grêmio no ataque. Graças a um zagueiro... Após cobrança de escanteio da esquerda, Réver subiu livre entre os marcadores do Cruzeiro e cabeceou para o fundo do gol. A torcida gremista, que não parou de gritar nem por um segundo, se animou ainda mais com o gol, mas qualquer esperança morreu com a expulsão de Adílson, que fez falta dura sobre Wagner num rápido contra-ataque. Com um a menos e pouco tempo para buscar um milagre, o Grêmio foi murchando aos poucos. E o Cruzeiro, bastante apagado, aceitou com prazer a queda do ritmo do jogo. Só não contava com o golaço de Souza, que empatou o jogo com uma paulada de fora da área. O Grêmio continuou em cima nos minutos finais, mas sem muita animação. Trancado na defesa à espera de uma chance para contra-atacar, o Cruzeiro segurou o jogo e festejou a vaga na decisão após o apito final.
O Cruzeiro vai enfrentar o Estudiantes na final da Libertadores. A vaga da equipe celeste foi garantida com um empate por 2 a 2 diante do Grêmio no estádio Olímpico, na noite desta quinta-feira. O jogo de ida, no Mineirão, teve vitória cruzeirense por 3 a 1. Em noite pouco inspirada de seus principais jogadores, o Cruzeiro contou com a estrela de Wellington Paulista para se classificar. O atacante, autor de um gol no jogo de ida, marcou mais dois no Olímpico, ainda no primeiro tempo, e encaminhou a classificação da Raposa, que briga pelo terceiro título continental de sua história. Os dois finalistas já se enfrentaram duas vezes na fase de grupos da Libertadores: o Cruzeiro venceu por 3 a 0 em casa, e o Estudiantes deu o troco com vitória por 4 a 0 na partida de volta. Na final, a vantagem é do time brasileiro, que faz o jogo de volta em casa. E o regulamento muda em relação ao resto do mata-mata: gol fora de casa não vale como critério de desempate.
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