Em Quito, no Equador, a LDU soube aproveitar suas chances, e agora o Internacional acumula a segunda frustração seguida em uma final no ano de seu centenário. Nesta quinta-feira, o time equatoriano derrotou o campeão gaúcho por 3 a 0, jogando em casa, e conquistou o título da Recopa Sul-Americana. A equipe já havia triunfado na partida de ida, no Beira-Rio, por 1 a 0. Depois de ter sido dominado pelo Corinthians na decisão da Copa do Brasil, o Inter sofreu mais um duro golpe nos 2.800 m de altitude de Quito.
O Internacional começou o jogo com uma intensidade poucas vezes vista no ano. Pressionando o adversário desde a saída de bola, os colorados arremataram três vezes em sete minutos, com Danilo Silva, Kléber e Nilmar, que teve o lance invalidado por impedimento. Diante de um adversário todo de vermelho, a LDU pareceu um touro decidido. Faltou habilidade digna dos bons toureiros para a defesa gaúcha. Por cima, Espínola abriu o placar, aos 9 minutos. O Inter precisava virar a partida para ser campeão. Não chegou nem perto. O time de Tite parecia dividido em dois. Oito jogadores defendiam. Três atacavam. Os setores não se comunicavam. A ligação direta passou a ser a única jogada. Não funcionou. A LDU cresceu e dominou o jogo. De longe, Bieler Vera e Lara arriscaram, sem sucesos. Quando o Inter se conectou na partida de novo, criou duas oportunidades com Nilmar. A primeira de cabeça. A segunda, em chute que acertou a trave. Foi o melhor momento na partida. Os equatorianos não desperdiçaram e a bola aérea voltou a funcionar. Desta vez com Bieler, que se antecipou a Danny Morais, e testou para dentro do gol, aos 39 minutos. Pela décima vez no ano, a terceira nos últimos três jogos, o Inter sofreu gol pelo alto.
No intervalo, o comandnate vermelho tentou rearticular sua equipe colocando Andrezinho na vaga de Glaydson. As primeiras movimentações no segundo tempo não agradaram e logo aos 7 minutos Taison saiu para Alecsandro entrar. A bola por cima poderia virar uma aliada. Não deu tempo. Sessenta segundos depois, Bieler fez a parede, e Vera, em chute que desviou na defesa, decretou a morte da Recopa para o Inter. O bi não era mais possível. Novamente, o campeão da Libertadores superava o da Sul-americana. Os gaúchos tentaram diminuir o placar para não aumentar o constrangimento, mas não foi possível. A equipe não chegou nem perto. A LDU controlou o jogo, sem correr riscos demasiados. Na melhor oportundiade, Alecsandro desperdiçou oportunidade em posição irregular.
Ao Inter agora resta tentar se reagrupar o mais rápido possível para a disputa do Campeonato Brasileiro, do qual é o líder, a despeito de ter atuado em muitos jogos sem seus principais jogadores. Se o técnico Tite será mantido e se o mercado europeu vai desfalcar este notável elenco, são outras histórias.
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